Propostas para Novo DIC - Distrito Industrial do Cariri

A RMC - Região Metropolitana do Cariri discute a tempos investimentos pesados na sua produção industrial. Através de colaboradores tivemos acesso ao estudo técnico elaborado pela Planner Consultoria sob encomenda do poder público. Este extenso conteúdo pode ser acessado no endereço:

www.cidades.ce.gov.br/categoria4/produto_02_distrito_industrial.pdf

O trabalho apontou 04 áreas em potencial, tendo sido cada uma discutida com relação a fatores positivos e negativos. São elas:

1- Área do antigo DIC na confluência dos municípios de Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha

2- Area entre Crato e Juazeiro do Norte

3- Área entre Juazeiro do Norte e Missão Velha

4- Área próxima a Missão Velha e Ferrovia Transnordestina

1- O antigo DIC é um verdadeiro fracasso, após mais de 30 anos da sua concepção, onde foi usado o critério de equidistância das cidades de Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha, configura no mais completo marasmo. É um belo exemplo do que não deve ser feito: sem acesso rodoviário ou ferroviário, distante dos cursos fluviais tornando inviável ligação através de estação de tratamento de esgoto. Devemos tirar dele a certeza que na escolha de um equipamento urbano é impossível privilegiar a todos, saindo alguém no prejuízo, que pode ser compensado, como fez o governo estadual divindo equipamentos entre as cidades da RMC. De certo, há a necessidade de discutir e apontar alternativas para a ocupação da área, deixamos como sugestão um novo campus universitário da URCA.

 2- A segunda área incrementa a polarização entre as duas principais cidades da RMC, e insiste num erro do antigo DIC, a intensão de agradar a todos, além de ser baseado num projeto antigo. Achamos que a área tem grande valorização imobiliária latente e o setor de serviços que se desenvolve a passos largos ao longo do nosso principal corredor comercial, a Avenida Padre Cícero poderá concentrar muitos investimentos em uma só area, em detrimento dos outros 07 municípios que integram a RMC. O local deve ser uma fronteira da instalação de empresas de serviços ou comerciais, ou ainda área residencial para os que trabalham nas adjascências. Algumas coisas não parecem bem definidas neste processo de instalação da Ferrovia Transnordestina, como por exemplo, a continuidade das composições ferroviárias de cargas no ramal Missão Velha-Crato, o que já compromete a Área de Estocagem da Petrobrás, pois o frete do transporte ferroviário é muito mais em conta. Achamos que a área também  contemplaria muito bem um novo Parque de Exposições e Eventos, ou ainda Centro Administrativo Metropolitano abrigando sedes de todos os órgãos estaduais e federais ncessários.

Como bons juazeirenses somos motivados a querermos a área 3 para sediar o novo DIC, mas os estudos apontam para riscos relativos a proximidade do nosso Aeroporto. A prefeitura local defende esta idéia, e achamos que ela pode ser adaptada para algumas atividades industriais compatíveis, podendo sediar um mini-distrito que possa empregar o contigente populacional do bairro Pedrinhas e adjascências. A região leste de Juazeiro do Norte é a mais nova fronteira imobiliária, muitos loteamentos e edificações estão surgindo, no entanto há necessidades de estruturas que posssam absorver recursos humanos locais, e melhorias na infraestrutura, como por exemplo, os prolongamentos do Trem do Cariri e da Avenida Vírgilio Távora em direção a Missão Velha. A melhor característica deste local é a possibilidade de facilitação do escoamento através do transporte áereo, o quê poderia beneficiar alguns setores, desde que não poluentes.

A área que compreende raio de cinco quilômetros do marco zero da Ferrovia Transnordestina é apontada pelo estudo como a mais perfeita, reune a menor quantidade de restrições em relação as demais e o maior potencial para otimização logística. Estudos complementares apontam a viabilização do transporte ferroviário e rodoviário para Juazeiro do Norte como fundamentais para o abastecimento do novo DIC de mão-de-obra, insumos, e rede de distribuição local. Achamos que o melhor acesso neste caso não se dará pela Avenida Vírgilio Távora, nem por asfaltamento de estrada vicinal marginal a via ferrea, mas sim via vila 3 Marias e São Gonçalo (distrito Marrocos), até o novo DIC. No entanto apreciamos e concordamos com a necessidade das outras duas vias. Também é primordial a extensão do Trem do Cariri até o novo DIC, proporcionando acesso a empregos todos ao longo do Ramal Crato-Missão Velha (até novo DIC).

Achamos que o estudo técnico ainda pode sofrer interferências políticas, o quê tira muito o brilho de tudo que foi brilhantemente feito até o presente momento, há um cronograma a ser seguido pela Planner Consultoria que avalia medidas complementares ao novo DIC. Esperamos que o novo DiC realmente fique em Missão Velha e que possa atrair grandes industrias, não há razão, salvo ampliações ou redimensionamento urbano para que as industrias já existente se mudem para o local, anto é que paralelo a tudo isso que foi exposto há esforços na consolidação das áreas industriais já existentes em toda RMC.

O projeto é bem feito, de fácil compreensão, mas não é tão divulgado como deveria, fazendo do nosso povo meros expectadores a cada capítulo ou cena, apesar de nosso destino em nada se assemelhar a uma novela, onde se vive com expectativa dramatização do dia seguinte.

Mais uma vez nos convencemos que o problema não é falta de projetos, mas a execução dos mesmos. A fraqueza política é prepoderante nesta inércia que o poder público vive em Juazeiro do Norte, fortemente arrastado pela iniciativa privada.

Agradecimentos: Ao Sr. Admiral pela contribuição ao acesso do Juanews ao Estudo de Localização e Viabilidade do Distrito Industrial do Cariri