sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Expansão do Trem do Cariri



Uma vez se abrindo a discursão entre o novo DIC - Distrito Industrial do Cariri , com o surgimento do Pólo Universitário, o crescimento com consequente urbanização de bairros como Estrela, Lagoa, Bulandeira, Cidade universitária e tendo-se a necessidade na continuidade dos investimentos na infraestrutura em transportes, proporcionando o fácil deslocamento de mão-de-obra e estudantes permitindo rápido acesso a estes equipamentos de produção e ensino, observamos a necessidade de ampliação do Trem do Cariri a beneficiar a curto prazo Barbalha e Missão Velha.

O ramal ferroviário entre Crato-Missão Velha provavelmente terá o tráfego de cargas interrompido após a conclusão da Ferrovia Transnordestina devido não ter recebido até o presente momento projeto de remodelação e colocação de bitola larga igual ao restante dos demais trechos entre Missão Velha-Pecém-CE e Missão Velha-Suape-PE. Com a atual bitola métrica, e planos de atividade industrial e logística no município de Missão Velha com possibilidades de receber o novo DIC e terminais de carga bi-modais esta nova fronteira de desenvolvimento na RMC precisa de integração com o restante das demais cidades. Atualmente o bairro Pedrinhas, já necessita e comporta uma estação do Trem do Cariri, com a instalação de estruturas de produção a leste daquele bairro se justificaria mais uma estação, viabilizando assim, a adaptação do trecho até Missão Velha-Novo DIC para o transporte de passageiros.

Outra necessidade a ser discutida é a integração com o Aeroporto Regional que poderá se dá de duas formas: ou por desvio do atual trajeto da via férrea, ou com um novo ramal a partir do já existente. Na visita da comissão da Infraero encabeçada pelo seu presidente em novembro último fora prometido esse elo, mas não foi decido como.

Já o ramal para Barbalha, desativado no final da década de 70, compreendia em boa parte atual leito da avenida Ailton Gomes, que é composta na sua totalidade por loteamentos urbanos, edificações e grande expeculação imobiliária. Assim, se faz necessário a definição de um projeto para discursão do traçado dos trilhos a serem colocados para o transporte de passageiros entre Juazeiro do Norte e Barbalha. Deve ser levado em conta o deslocamento universitários, sobretudo aos que se destinam ao Campus da UFC. Para isso apontamos algumas alternativas:

1- Início do novo ramal coincidente com o início da Avenida Ailton Gomes e prolongamento também coincidente com esta via até altura de terreno nas proximidades da distribuidora Tropigás, onde o mesmo deveria fazer uma curva a esquerda, cruzando adjascências ao norte da atual área delimitada pelo Parque Ecológico das Timbaúbas seguindo em frente até altura do início da Avenida Tenente Coelho Rocha, seguindo por paralelo a esta via até o Campus da UFC e daí dirigindo-se ao sul passando por bairros como Estrela, Lagoa, Buriti, Alto da Alegria, e Centro de Barbalha. Imaginamos a possibilidade de pelo menos 08 estações, a saber: Pirajá, Parque Ecológico, Tiradentes, UFC, Estrela, Buriti, Alto da Alegria, e Barbalha.  

2- Início do novo ramal após riacho das Timbaúbas, com desvio a direita do trecho Carité-Pedrinhas seguindo pelos bairros Timbaúbas, Limoeiro, Tiradentes, Parque de vaquejadas, Mini-distrito, Campus da UFC limites a leste, Estrela, Buriti, Alto da Alegria, e Barbalha.

De certo, há exteriorização destas intensões ao público, mas sem dados concretos. No entanto, o governo do estado fez questão de referenciar prejuízo na manutenção do sistema atual em circulação, provavelmente sinalizando a impossibilidade de novas expansões. Achamos, que se há algum déficit isto se deve a falhas de planejamento, como por exemplo, a falta de ousadia na mudança do velho trajeto do ramal entre Crato e Juazeiro, que têm inegavelmente grande fluxo de pessoas diários nos dois sentidos.

Outra falha, é o retardo na integração entre os meios ferroviário e rodoviário, deslocamento bimodal, que tornaria o Trem do Cariri, a espinha dorsal do Sistema de Transportes Coletivos Metropolitano.


O Trem do Cariri é um sistema de integração ferroviária de passageiros que está sendo implantado, em uma primeira etapa, para atender os moradores das Cidades do Crato e de Juazeiro do Norte. Em uma futura etapa, a linha será estendida até Barbalha.

O sistema será operado por composições do tipo VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), e rodará sobre a malha ferroviária existente, numa extensão de aproximadamente 13,6km, que será remodelada, com a recuperação da via permanente e a retificação do seu traçado, para que as composições possam atingir maior velocidade entre as estações. A bitola da linha é a métrica (bitola atual) e o combustíveldos trens será o diesel. A velocidade máxima do sistema é de 80km/hora e a velocidade operacional (média) é  e 60km/hora. O encontro das composições se dará na Estação São José. Nesse trecho a linha será duplicada para proporcionar o cruzamento das duas composições.

O projeto prevê a construção de 09 estações, sendo cinco em Juazeiro do Norte – Fátima, Juazeiro, São
Pedro, Teatro Marquise Banca e Parque Antonio Vieira, e quatro no Crato – São José, Muriti, Padre Cícero e Crato. O sistema será operacionalizado pela Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (METROFOR) e rodará, inicialmente, com duas composições com capacidade para transportar até 330 passageiros por composição, que serão formadas por 2 carros climatizados com sistemas de ar-condicionado. As composições estão sendo fabricadas pela empresa Bom Sinal, em Barbalha, que tem, nesse projeto, mais uma oportunidade de mostrar a outros centros urbanos a sua capacidade produtiva (com qualidade) no ramo do transporte ferroviário, e até mesmo de iniciar, no Cariri, a ativação de um “centro” produtivo neste setor da indústria.

O projeto garante tarifas suportáveis pelos usuários e poderá ser operado, no futuro, de forma integrada
com o sistema coletivo atual – modal ônibus. O trem não irá substituir os ônibus e as topiques que tendem as duas cidades. Irá, sim, complementar o sistema existente. Os testes de velocidade e frenagem já foram realizados pela empresa construtora e o início da operação comercial está previsto para o segundo semestre deste ano de 2009. A demanda inicial estimada é de 5 mil passageiros/dia.

O projeto também é de grande relevância social por beneficiar contingente populacional de baixa renda e oferecer condições de segurança, rapidez e pontualidade, além de propiciar uma profunda reformulação do sistema urbano, em especial na questão da requalificação do transporte intermunicipal. O trem também é considerado como mais um “conforto” oferecido à população residente nas duas cidades e, certamente, funcionará como instrumento de atração para o desenvolvimento do turismo na Região.

Fonte: Planner Consultoria

4 comentários:

  1. Por falar em aeroporto, você deveria está mais atento ao que se passa. O vice prefeito daí utiliza o microblog "Twitter". Ele, vez por outra, repassa notícias do aeroporto. Não faz muitos dias que o presidente da Infraero cancelou uma reunião quando o vice-prefeito já estava na porta do avião a embarcar para o Recife. E segundo noticioso radiofônico daí, a Infraero não tem mais interesse em investir no aeroporto. Ótimo - que de "ótimo" não tem nada em si - tema para o blog.
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  2. Olá,
    Não sou de Juazeiro, mas gosto muito da cidade e acompanho este blog, do qual gosto muito e quero parabenizá-lo pelo conteúdo de qualidade aqui abordado.

    Mas venho aqui para demostrar minha insatisfação em relação ao descaso da prefeitura de Juazeiro no que diz respeito ao esporte, em especial ao futebol. É impressionante a falta de visão por parte da prefeitura em não aproveitar o momento que vive o Icasa - disputando a Série B de um dos campeonatos mais difíceis do mundo - e transformar isso em benefício para a cidade. Bom, mas isso já foi amplamente abordado aqui por parte dos administradores do site. O que eu quero mesmo é falar sobre o estádio.

    Foi prometido uma modernização do Romeirão, o que não aconteceu. Previa-se (ou prever, não sei se ainda pretendem fazer a tal modernização) investir R$ 26 milhões num projeto que teria um estádio nos padrões exigidos pela CBF e com capacidade elevada para 20 mil pessoas. Nada foi feito, infelizmente.

    Ainda assim eu pergunto: vale a pena gastar tanto dinheiro em uma reforma?

    Para se ter idéia: está sendo construído em Cruzeiro do Sul, no Acre, uma arena (Arena Juruá) com capacidade para 20 mil pessoas, com direito a arquitetura moderna, arquibancadas com acentos confortáveis, cabines de rádio e tv, etc - e pasmém! - tudo isso por R$ 15 milhões. Enquanto isso, Juazeiro planeja gastar R$ 26 milhões numa reforma.

    Baseado nesses dados eu gostaria de propor aqui que a prefeitura de Juazeiro investisse R$ 20 milhões na construção de um novo estádio e com os R$ 6 milhões que restarem construir uma vila olímpica - algo que Juzeiro ainda não tem -, para isso implode-se o Romeirão e ergue-se a Vila Olímpica em seu lugar.

    Outro motivo que me levar a defender a construção de um novo estádio é que o Romeirão fica numa área onde o trânsito já está estrangulado. O novo estádio seria construído numa área distanbte do centro onde haja mais de uma via de acesso.

    Para ilustrar deixo algumas imagens:

    Arena Juruá, em Cruzeiro do Sul, no Acre: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1125857

    No lugar do romeirão, que seria implodido, uma vila olímpica:

    http://www.alagoas24horas.com.br/legba/bancoDeMidia/v/i/vilaolimpica.jpg

    Essa imagem é de uma vila olípica de Maceió - usando ela fiz uma montagem para ilustrar como ela ficaria no lugar do Romeirão:

    http://www.imagebam.com/image/45c9f397384050

    Bom, é isso. Abraços,

    Carlos Henrique

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  3. Quem devia responder seria o "o Governador Cid Gomes", que é governador Ceará, menos do Cariri

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  4. Quem deveria responder, seria o Cid Gomes que é Governador do Ceará, MENOS DO CARIRI

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