Chegada dos Gigantes Varejistas

O Brasil possui três grandes concorrentes varejistas: Carrefour, Walmart e Pão de Açúcar. Juazeiro do Norte e todo seu potencial, diga-se de passagem, que não foi devidamente explorado pelo empresariado local no setor de varejo, tornou-se a sensação deste segmento. Primeiro foi o Atacadão, bandeira pertencente ao carrefour no setor de atacarejo. Em seguida, aguardamos o Walmart - maior varejista mundial- que já anunciou dois investimentos: o HiperBompreço e Maxxi Atacado. Evidentemente, não achávamos que o Grupo Pão de Açúcar - maior varejista no Brasil não vinhesse atrás de sua fatia no nosso mercado.

Recebemos informações de negociações milionárias e avançadas do valioso terreno da antiga Usina José Bezerra de Menezes situado na Rua do Seminário próximo a Estação Juazeiro do Norte e Praça dos Ourives. Falam em 16 milhões de reais, abaixo de uma cotação anterior em 18 milhões. Achamos que o fato se deve ao já debatido esvaziamento do centro em prol dos corredores comerciais com destaque para a Avenida Padre Cícero. A iniciativa foi precedida após uma série de insatisfações com o antigo inquilino e mal pagador a Prefeitura de Juazeiro.

Com tudo uma vez se concretizando este negócio: Juazeiro do Norte poderá sediar os principais gigantes verejistas dando opções para o consumidor e competitividade para demais estabelecimentos do ramo. 

Já havíamos alertado que a "colonização comercial" é necessária. Deixar de ocupar espaços, criar nichos de mercado, permite o oportunismo de grandes grupos e diminue representatividade do empresariado local. Este fenômeno deverá ser intensificado ainda mais em Juazeiro do Norte, podendo se extender em breve a Crato e Barbalha.

Tudo começou assim: o Walmart nasceu nos Estados Unidos, o Pão de Açúcar no Rio de Janeiro e o Carrefour na França. Ao crescerem e dominarem os respectivos varejos destas localidades passaram a se expandir mundo a fora. Primeiro foram as grandes cidades. Após repetirem o domínio e sempre antenados na dinâmica demográfica, analizaram destaque das médias cidades, as " bolas da vez", palco atual da nova investida no setor.

Sempre ávidos por investimentos e uma vez obtendo o domínio das cidades brasileiras de porte médio, o setor deverá continuar expandindo-se até o ponto de chegarem às cidades de pequeno porte com formatos ainda mais compactos a ponto de disputarem mercados com as velhas "bodegas".