sábado, 9 de abril de 2011

Asneiras da Gestão municipal

            

Nos últimos dias recebemos vários e-mails se referindo ao comportamento e alguns posicionamentos da Gestão Municipal. Concordamos que os prefeitos anteriores não usavam meios de comunicação como as Redes Sociais, estando portanto muito menos expostos a erros.

                                                
O conceito inicial de médico sanitarista escorregou descarga abaixo, felizmente algumas atitudes parecem superadas, como por exemplo, a iniciativa de criar PSF's 24 horas, agora se fala em 06 equipes até as 22 horas.

No entanto, a Saúde continua mal e a Gestão Municipal aponta que gastos como os referentes a interdição do Hospital Santo Inácio impedem gastos na Atenção primária. Isto é abusar da boa vontade e compreensão da população local. Juazeiro do Norte(JN) viveu ao longo dos últimos anos, uma epidemia de violência, sem condições de atendimento de emergência, alguns, infelizmente, morreram ao tentar serem transferidos para a Cidade de Barbalha. A atitude realizada no Santo Inácio foi algo sensato para um inicio de gestão, mas deveria ter caratér temporário, não é uma solução definitiva, assim como o HRC também não é. O HRC é do estado, e tem características de alta complexidade. Problemas de baixa e média complexidade devem ser resolvidos nos municípios de origem, no caso de JN, em outra unidade local.

O Hospital Santo Inácio é mal localizado, fica ao Sul, no bairro onde reside as pessoas menos carentes da cidade. Mas, é uma unidade com bom espaço físico, e boa estrutura. Melhorando-se os recursos humanos e garantindo insumos têm tudo para ser útil a nossa cidade. Para o Juanews, a melhor localização para um Hospital Geral Municipal seria a Zona Leste, mas precisamente nas proximidades do cruzamento das avenidas Castelo Branco com Manoel Coelho. Este local estrategicamente, permitiria com com a exploração de novas linhas de ônibus, acessos rápidos com o Bairro Aeroporto, Vila Nova, etc... Além da acessibilidade já existente com todos os bairros cortados pela Castelo Branco. O local possui espaço e grande adensamento populacional. Porém já existe a estrutura do Santo Inácio com a possilidade de fucionamento imediato, esta segunda opção é um idéia para se trabalhar hoje visando o futuro.
                      

Sabemos dos gastos e burocracia para se construir uma unidade hospitalar. Os recursos serão sempre limitados e precisam ser utilizados com sabedoria. A rede hospitalar municipal é constituída de duas unidades próprias: O Hospital Maternidade São Lucas - que atende as areas de obstetrícia, ginecologia e neonatologia (antes também atendia Pediatria), e o Hospital Infantil Maria Amélia (antigo PSIC) - para onde foi transferido o Pronto Atendimento Pediátrico de nossa cidade que anteriormente ocorria no São Lucas. Esta manobra de aquisição do antigo PSIC merecia uma melhor investigação, pois há indícios de favorecimento a uma família de Juazeiro.

Falta, na Rede Local, um Hospital para atender a maior parte da população nas areas de Adultos, Cirurgia, Ortopedia e demais especialidades. Esta lacuna deveria ser preenchida por um hospital público municipal, por hora é o Santo Inácio, mas o discurso da gestão aponta o final da intervenção a qualquer momento, para ontem se possível.

Sempre se lê, a justificativa que o fim da intervenção garantirá recursos para serem gastos com a atenção primária. Isto é mentira, pois o SUS (dados que podem ser consultados na internet) envia recursos destinados a cada nível de atenção ou complexidade. Não saber disso é um erro primário, lamentável, absurdo.

                          
Outra erro é a compra de ambulâncias para se criar "uma central de ambulâncias". O governo federal prevê e entra com uma contrapartida para a criação do SAMU - Serviço de Atendimento Móvel, com um telefone gratuito, o 192. Não há lógica nenhuma em criar serviços fora deste padrão, pois o maior problema é o custeio, que pode ser garantido em parte pelo SUS.

Outro fato que nos chamou a atenção foi a entrega das ambulâncias no dia da inauguração do HRC, dando margem a velha prática de ambulancioterapia - transportar pacientes entregando sua responsabilidade a outros.
                                             

Não é a toa que a presidente Dilma Rouseff continua exitando em visitar JN, não veio como candidata, avalei como Chefe de Estado.


2 comentários:

  1. Não concordo com as suas colocações. Se o homem não faz é ruim, se faz é pior ainda. Quanto as ambulâncias, o Cid prometeu o SAMU desde o seu primeiro mandato e até agora só está na vontade. Quanto mais ambulâncias, melhor

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  2. Somos independentes, não temos laços com a gestão municipal de forma que podemos criticar a vontade e elogiar se for o caso. Ambulâncias precisam de um local para destino. Maior problema local, que tende a ser sanado com o HRC. Temos colaboradores da saúde que têm fortes argumentos referentes a financiamento da saúde.

    Serviços de Saúde precisam de verbas federais, isto é, complementação de outras esferas administrativas. O SAMU pode ser enbabeçado pela municipalidade. Não se precisa esperar pelo estado.

    Não estamos contra a compra de ambulÂncias, mas contra o falta do SAMU, e a criação de um serviço que não atende aos nossos anseios

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