Governador de Pernambuco responde grosseiramente ao bispo do Crato

A atitude do governador deixou muita gente indignada

15/10/2010 - 09:35

“Não estou preocupado com romeiro não seu bispo. Minha preocupação é eleger nossa candidata a presidente”. Foi assim que o governador reeleito de Pernambuco, Eduardo Campos, respondeu ao bispo diocesano do Crato, D. Fernando Panico, que, ao cumprimentar o governador em Salgueiro, no último domingo, quando da instalação da diocese daquele município, pediu-lhe humildemente para que o mesmo intercedesse junto a Policia Rodoviária Estadual pernambucana, que está perseguindo os romeiros do Padre Cícero. A conversa foi testemunhada por várias pessoas e todas ficaram indignadas com a resposta do governador.

Recatado como sempre, D. Fernando evitou comentar o ocorrido, mas o assunto ganhou espaço das pessoas presentes e está no mundo. Diante de tamanha grosseria por parte de um governador, exatamente de um estado onde milhares de pessoas adoram o Padre Cícero e Nossa Senhora das Dores, a notícia não poderia ficar na obscuridade. D. Fernando apenas pediu que houvesse um bom senso por parte da Policia Rodoviária Estadual pernambucana, para não perseguir tanto os romeiros que viajam de Pernambuco para Juazeiro do Norte.

As denuncias dos romeiros junto a igreja em Juazeiro do Norte é de perseguição nas rodovias estaduais de Pernambuco, onde policiais rodoviários daquele estado exigem propinas dos condutores que transportam romeiros. Esse tipo de atitude sempre foi muito comum em época de romarias. Com a proximidade da romaria de finados que começa no dia 28 deste mês, o bispo diocesano apenas queria uma maior compreensão da maior autoridade pernambucana, mas, ficou decepcionado com a resposta.

Fonte: O estado

Na nossa opinião o Brasil vive num estado de direito, onde as leis devem ser respeitadas. Existe lei que proibe tráfego em paus-de-arara e leis para policiais corruptos. A resposta do governador não foi sensata, como  o pedido do bispo também não o foi. Somos a favor do ciclo de romarias, de receber os romeiros, mas nada supera o direito a vida, e esta não pode ser banalizada, e colocada em perigo. Preferimos ter nossos irmãos vivos a ver os cofres da Santa Igreja Católica abarrotados. Esta deveria ser a resposta mais oportuna do governador, e não se comportar como político, num momento de atuar como gestor.