segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Novos vôos



O vice-prefeito de Juazeiro do Norte, José Roberto Celestino, retornou satisfeito com os contatos mantidos em São Paulo nas visitas que fez a algumas empresas aéreas. A intenção é conquistar novas opções de vôos para o Aeroporto Regional do Cariri. O diálogo começou pelas empresas que aqui já operam como são os casos da Gol e Avianca e se estendeu junto aos diretores da Azul, TAM e TRIP apresentando o potencial do transporte aéreo no Cariri.
As duas primeiras demonstraram interesse em melhorar os vôos, mas cobram a homologação da pista. Outro velho problema é a acanhada estação de passageiros que há muito reclama modernização, pois já não atende mais a demanda. Recentemente, o Jornal Diário do Nordeste publicou editorial sob o título: "Impasse no aeroporto". O texto destaca o seguinte:
Lideranças empresariais do Cariri decidiram ir para a linha de frente na luta pela ampliação do único aeroporto regional. Nesse novo esforço para a superação dos óbices gerados entre a Infraero e o Estado, os empresários decidiram mobilizar a população das principais cidades do Sul do Ceará, em favor do único equipamento para embarque e desembarque de passageiros num raio equidistante 500 quilômetros das principais Capitais do Nordeste.
Este será um movimento de pressão das bases para os centros de decisões, diante da ausência de boa vontade para a modernização de um aeródromo cujo movimento, neste ano, será encerrado com 260 mil passageiros. Não faz tanto tempo, a região caririense dispunha de dois aeroportos: o primeiro, o Nossa Senhora de Fátima, localizado na Chapada do Araripe, no Crato; o segundo, no Brejo Seco, em Juazeiro do Norte.
Até as décadas de 60 e 70, havia movimentação de passageiros e cargas nos dois. Em seguida, o do Crato foi desativado para a concentração dos investimentos no de Juazeiro do Norte. Enquanto os melhoramentos reclamados se processavam em ritmo intermitente, o equipamento se afirmava, ano a ano, pelo crescimento acentuado no número de passageiros transportados. Essa tendência permanece cada vez mais elevada.

E não se concretiza por suas limitações técnicas, impedindo as operações de aeronaves de grande porte. O aeroporto serve a uma mesorregião composta por 33 municípios, além de comunidades urbanas situadas nas divisas do Ceará com Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Piauí. Somente no seu entorno há uma concentração populacional de 500 mil habitantes, responsável, atualmente, por um próspero movimento comercial e de prestação de serviços.

Para o equacionamento do impasse atual, há necessidade de resoluções políticas porquanto todas as providências administrativas foram viabilizadas com a Infraero que assumiria a sua gestão integral. O Estado teria transferido para o governo federal o controle dos bens materiais do Aeroporto Regional Orlando Bezerra de Menezes e viabilizado as medidas complementares para sua expansão física.

Dirigentes da Infraero estiveram no Cariri, por mais de uma vez, conhecendo o seu potencial e identificando suas carências para, em seguida, providenciarem a elaboração de um projeto arquitetônico para a nova estação de passageiros, seguindo o padrão baseado no modelo do aeroporto projetado para Santarém, no Estado do Pará. Parlamentares da região chegaram a destacar emendas incluídas no orçamento da União para o custeio das obras previstas.
Viu-se, em seguida, a substituição do projeto por um arranjo de emergência, licitado, mas não iniciado e, por último, sinais efetivos do desinteresse da Infraero pela gestão. O aeroporto tornou-se pequeno demais para o volume de tráfego, inexiste a homologação da pista pela Anac e resistência para o pouso de aeronaves de grande porte. Os módulos emergenciais do espaço de embarque e desembarque não saíram do papel. A mobilização de massa iniciada pelo empresariado poderá sensibilizar os governantes, pois falta o peso político.

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