quinta-feira, 3 de março de 2011

Fórum debate áreas de risco no Cariri


Ambientalistas, técnicos, pesquisadores e representantes de instituições do Cariri estiveram reunidos, na manhã de ontem, neste Município, para debater em Fórum Áreas de Risco, que no final elaborou várias propostas a serem levadas para as instituições públicas e governos, denominada "Carta de Barbalha".

O evento teve a realização da Coordenação Executiva do Fórum Permanente de Políticas Públicas para Barbalha. O evento aconteceu no auditório da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC - Cariri ).

Um dos pontos principais da Carta de Barbalha é apontar os problemas relacionados às áreas de risco na Região Metropolitana do Cariri (RMC) e contar com a maior participação dos órgãos responsáveis para o cumprimento da legislação ambiental, quanto ao uso e ocupação do solo urbano e também nas áreas rurais.

A solenidade foi aberta com o tema "Áreas de Risco - Aspectos Técnicos e Legais", sendo debatido em três palestras. A primeira "Gerenciamento de Áreas de Risco em Encostas Ocupadas", pela engenheira civil e doutora em Geotecnia da UFC, campus Cariri, Ana Patrícia Bandeira.
O segundo subtema abordou "A Fragilidade da Área do Entorno da Chapada do Araripe", proferida por João Ludgero Sobreira Neto, geógrafo e especialista em geopolítica e Direito Ambiental, da Universidade Regional do Cariri (Urca); e a terceira palestra destacou "O Papel da Defesa Civil diante das Catástrofes", ministrada por Aluízio Souza Freitas, 1º tenente e membro da Coordenadoria Estadual da Defesa Civil. Em seguida, foi realizada mesa redonda e debates em plenária.
No Cariri, as questões relacionadas às áreas de risco devem ser vistas dentro de um planejamento mais amplo, iniciando com o processo de mapeamento dessas área e a conscientização da população quanto à ocupação irregular e no que poderá resultar.

Essa abordagem inicial para a abertura das palestras foi dada pelo biólogo, destacando a importância do compromisso das autoridades em relação aos problemas que tem crescido, principalmente nas cidades mais desenvolvidas da região, com as ocupações irregulares.

Ausência de avanços

O evento esteve aberto à população, porque uma das finalidades, conforme o biólogo Maurício Teles, foi compreender o que é uma área de risco. Também sensibilizar as próprias autoridades públicas em relação à cessão de áreas para a população carente. Ele cita o caso de Barbalha, por ser cidade sede do evento, que tem ausência de avanços.

A cidade não conta com Defesa Civil isso, segundo ele, dificulta o trabalho de conscientização da sociedade. O biólogo diz que as discussões são pioneiras na região, para que as autoridades não despertem para o problema apenas no período mais crítico do ano, mas que estejam preparadas para o trabalho de prevenção maior. A dificuldade para identificar as áreas de risco foi enfocada pelos técnicos.

MAIS INFORMAÇÕES

Fundação SOS Chapada do Araripe,
Barbalha,
Rodovia Estadual CE-060. Km 7,
Sítio Pinheiros
Telefone: (88) 9271.1979

Fonte: Diário do Nordeste

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